quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ACONCHEGO

ACONCHEGO
Toca uma canção
E lá fora a chuva é fria
Uma casinha as escondidas
Convida-nos  a entrar
Seus passos marcando a areia
Antecedem meus pés que o seguem
E na areia nossas marcas deixadas
Harmonizam o que antecedem
E na casa abandonada
A vida se faz melhor
Cobertores espalhados
Lenha na lareira
Galhos crepitados.
A música suave enche  o quarto
Você está distante de mim a um passo
Seu corpo esguio e claro
A chegar a mim mansamente
Suas mãos assim docemente
Acariciam meus lábios
E o aconchego desse terno abraço
Transmite a nossos corpos o calor
O coração bate apressado
O sangue em um turbilhão
Sobe e desce no meu corpo
No ritmo de suas mãos
Você fala em meu ouvido
O que repetir não preciso
E nem vou dizer.
Deita meu corpo e num beijo
Faz meu ser estremecer
Enquanto seus lábios percorrem
Meu decote, meus braços, meu ser
Nesse aconchego desperto.
É um sonho e não vejo você.

                                               Valéria santos Nogueira Coelho

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